16 de fev. de 2012

O pior

é quando nos tiram o tapete debaixo dos pés. Aqueles segundos em que sabemos que vamos cair e não temos nada nem onde nos agarrar.
Por segundos olhamos ao nosso redor à procura de algo que inconscientemente sabemos qua nossa esperança obriga-nos a procurar essa salvação, esse apoio, esse abrigo...mas ele não está lá.
E depois apercebemo-nos que não há a mínima hipótese, que vamos mesmo cair...durante essa queda resta então o pensamento "espero que não doa muito, espero que me consiga levantar, espero que..." e caímos.
E dói. Dói muito, dói mais do que aquilo que pensávamos que ía doer. Sentimos o impavessa-nos de uma forma dilacerante, bruta e selvagem. Espalha-se por nós e parece que não vai embora, sentimos o nosso corpo a sofrer.
Apetece gritar, mas não vale a pena, só sai um grito mudo que não é ouvido por mais ninguém, perdemos os sentidos e ficamos ali com a nossa dor e esperamos que ela passe.

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