25 de fev. de 2012

Mais cedo ou mais tarde

Parece que somos obrigados a abdicar dos nossos sonhos. Nalgum momento das nossas vidas, parece que somos acordados com um safanão que nos estremece de alto a baixo e acordamos. Tudo o que foi pensado antes de acordarmos deixa de fazer sentido e somos obrigados a seguir um novo rumo com a nossa vida, apesar de não ser essa a nossa vontade nem o nosso desejo.

Passamos parte da vida a sonhar com algo, alguém, locais, empregos, dinheiro mas num instante como se nunca nos tivesse passado nenhuma dessas coisas pela cabeça somos obrigados a abdicar de algumas delas, ou de todas. Poucos são os que conseguem concretizar os seus sonhos.

E enquanto perseguíamos esses sonhos, éramos aqueles que caminhavam nas margens dos rios, aqueles que olhavam para a corrente que seguia sem parar e pensávamos: nunca hei-de ir nesta corrente. Não quero ser arrastado para algo que não é o meu sonho. Não é isto que é o meu sonho, o meu destino o meu objetivo. Achávamos que todos os que seguiam nessa corrente eram os fracos, os que desistiam, os que não tinham força suficiente para se agarrarem aos sonhs.

Mas a vida por vezes tem surpresas, umas boas, outras más...e sem darmos por isso escorregamos da margem para aquela corrente onde estão todos os outros, onde se encontram as pessoas que deixaram de perseguir o sonho. Nessa corrente estão aquelas que se subjugaram a uma força maior, as que deixaram escapar o sonho.

Nenhum comentário: