6 de mai. de 2011

Hoje

Voltei a ver o amor. Já há algum tempo que não o via. Ouvia falar dele, fartava-me de ler coisas acerca dele, vejo diariamente muitas pessoas à procura dele...mas pelos vistos ele não é assim de levantar muitas ondas. Por vezes aparece sem ninguém o chamar, outras vezes é chamado incessantemente mas nunca obtemos resposta. Se calhar tem a mania que é bom e então só aparece quando lhe apetece, ignora tudo e todos, é bruto ele.

Mas hoje ele veio ter comigo. Esteve ali bem sentado à minha frente. Pude olhá-lo, olhos nos olhos, admirá-lo, tocá-lo, senti-lo, cheirá-lo. E enquanto ele esteve ali tentei percebê-lo, tentei descobrir afinal o que ele é.

Não consegui claro, ele não é assim tão fácil, nem tão previsível. Podemos estar ali frente a frente, durante horas mas nada. Não conseguimos desvendá-lo ou decifrá-lo, não nos dá a mínima hipótese.

Então pensei, já que não consigo perceber-te, vou tentar perceber como tu me fazes sentir, como é que a minha pessoa se sente quando estás aqui, tão perto de mim. Então relembrei-me, tiras-me o ar, fazes-me sentir fraco, sinto-me perdido, sinto o coração apertado, fico sem forças, perco a voz, fico paralisado...mas depois fazes sentir-me forte, ajudas-me a encontrar o caminho, dás-me forças, o meu coração explode de alegria...

O amor…hoje esteve ali mesmo à minha frente e foi tão bom.

2 comentários:

Frederico disse...

Mas esse amor tem rosto ou o amor surge aqui como uma mera impossibilidade de alcance visual como DEUS?

A. disse...

O amor pode ter vários rostos. :)