12 de set. de 2012

Esticar a corda

Seja no trabalho, em casa, com amigos, namorados, com objetos, com sentimentos...sempre ou quase sempre só damos valor às coisas, pessoas, trabalho, dinheiro, saúde, roupa, amigos quando já não os temos.

Uma pessoa por exemplo tem um trabalho que pode não ser o melhor, mas enfim é o que tem. Vai daí arranja outro trabalho melhor, mais bem pago, com melhores horários e comunica a decisão à atual entidade patronal que vai mudar de poiso.

Das duas uma, ou a entidade patronal caga e manda vir outra pessoa, ou finalmente dá ouvidos ao futuro ex empregado e já são possíveis os aumentos que até aí não o eram, os melhores horários, tudo o resto. Com amigos e namorados normalmente acontece algo parecido, passam-se horas, dias, semanas, meses, anos  a bater na mesma tecla, a avisar, a alertar, a dar dicas, a tentar abrir os olhos à outra pessoa, mas tudo isso cai sempre quase sempre em saco roto.

Até que se chega àquele dia inevitável em que uma pessoa desiste outra. Então claro a que perde é agora um poço sem fundo de promessas, que agora vai mudar, que agora é que vai ser, porque não pode viver sem a outra é agora é que percebeu isso, agora é que vai demonstrar tudo como deve de ser. Se a outra pessoa já não estiver nem aí é que é o caralho...o problema disto tudo é que somos bichozinho de merda, temos esta mania espremer até máximo montes de situações e ou problemas.

Quando não há razão nenhuma para isso, deixamos andar quase até a corda partir,  quando parte não estamos minimamente preparados para isso e depois parecemos uns bebés perdidos e abandonados num qualquer centro comercial durante domingo compras com os pais. Filhos, pais, namorados, amigos, patrões que esticam a corda...só que quando a corda parte é para sempre...

4 comentários:

Mam'Zelle Moustache disse...

Ui... ler isto numa sexta-feira à noite não faz bem a ninguém... :p
Ainda bem que nem toda a gente é assim, do deixar andar, caso contrário, este mundo era uma desgraça.
Espera lá... pensando melhor, este mundo é mesmo uma desgraça.
Bem, parece-me que vou ali deprimir mais um pouco e depois volto...

A. disse...

É uma desgraça de facto, mas há coisas que merecem ser salvadas :)

Espero que o fim de semana não tenha sido deprimente!

Mam'Zelle Moustache disse...

Não, não foi. Por acaso até foi muito bom. Com a ajuda do afecto de quem me quer bem, lá está ;)

A. disse...

Já vi, já vi :)

Com ajudas assim...vale a pena ;)