Nopes. Tem de ser sofrida. Sentida. Puxada. Quase como se tivesse hora marcada. Se dói, foca a dor. Vive-a. Se a ignorares, ela volta com mais força e mais vezes. Não lutes contra a dor. Não tens poder. Sofre. Esgota-lhe as forças. Vive-a como se fosse presente. Deixa-a extinguir-se de dentro de ti. Nunca se espera que ela passe. Nunca. Obriga-se a que ela nos desfaça a entranhas, que faça os estragos que quiser. Que venha. E sofre-se. Mesmo que não se aguente. Ela acaba por perder a força. E tu por ganhá-la. Nunca se ignora ou deixa passar. Impossível. Vive-se. Que nem o amor. Vive-se.
Então, deixa que ela se esgote... O amor, vive-se para se manter vivo. Renova-se. Faz-se por se renovar se não, ele morre. Então, com a dor, é igual... deixa que se esgote, não a alimentes... deixa que ela te faça sentir vivo. E quando ela deixar de fazer efeito, 'tás livre. Ignorar, não. Nem a dor nem o amor... só fortalece, amplia... Ela cansa-se. Vais ver.
Chega a ser reconfortante, sabias? As cicatrizes... as mágoas. Pensar numa coisa tantas, mas tantas vezes, que aquela dor dilacerante inicial vai passando e passando e passando até que... um dia... não existe mais... E, mesmo parecendo que não, acabamos sempre por aprender como não repetir o que nos levou àquela dor em particular. É inevitável. Tudo tem o seu tempo. Tudo demora o seu tempo. Acelerar ou travar, de nada vale. Nem com amores quanto mais com desamores... You'll be fine.
O medo é ficar preso a esta impossibilidade é esse o meu maior medo. O tempo inevitavelmente dar-te-á razão...o mal do tempo é que arrasta-se quando não deve.
6 comentários:
Nopes. Tem de ser sofrida. Sentida. Puxada. Quase como se tivesse hora marcada. Se dói, foca a dor. Vive-a.
Se a ignorares, ela volta com mais força e mais vezes. Não lutes contra a dor. Não tens poder.
Sofre. Esgota-lhe as forças. Vive-a como se fosse presente. Deixa-a extinguir-se de dentro de ti.
Nunca se espera que ela passe. Nunca.
Obriga-se a que ela nos desfaça a entranhas, que faça os estragos que quiser. Que venha.
E sofre-se. Mesmo que não se aguente.
Ela acaba por perder a força. E tu por ganhá-la.
Nunca se ignora ou deixa passar. Impossível.
Vive-se. Que nem o amor. Vive-se.
Viver a dor, como se vive o amor. Não tinha pensado nisso.
Absorvê-la ao máximo, permitir que ela faça parte de nós. Deixarmo-nos absorver por essa dor até que faça parte de todos os poros do nosso corpo.
Acordar de manhã e quando nos olhamos ao espelho em vez de estar um eu, está a dor nua e crua.
Não quero que ela volte com mais força.
Então, deixa que ela se esgote... O amor, vive-se para se manter vivo. Renova-se. Faz-se por se renovar se não, ele morre.
Então, com a dor, é igual... deixa que se esgote, não a alimentes... deixa que ela te faça sentir vivo. E quando ela deixar de fazer efeito, 'tás livre.
Ignorar, não. Nem a dor nem o amor... só fortalece, amplia...
Ela cansa-se. Vais ver.
Assim será.
Chega a ser reconfortante, sabias?
As cicatrizes... as mágoas. Pensar numa coisa tantas, mas tantas vezes, que aquela dor dilacerante inicial vai passando e passando e passando até que... um dia... não existe mais...
E, mesmo parecendo que não, acabamos sempre por aprender como não repetir o que nos levou àquela dor em particular. É inevitável.
Tudo tem o seu tempo. Tudo demora o seu tempo. Acelerar ou travar, de nada vale. Nem com amores quanto mais com desamores...
You'll be fine.
O medo é ficar preso a esta impossibilidade é esse o meu maior medo. O tempo inevitavelmente dar-te-á razão...o mal do tempo é que arrasta-se quando não deve.
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