21 de abr. de 2011

Uma vez escrevi isto

Hoje pensei que o amor, como quase todos os equipamentos que compramos tem um selo de garantia. Normalmente nos equipamentos quando esse selo é de alguma forma danificado, nós ficamos sem garantia.
É o mesmo que dizer que a partir daquele momento se o equipamento se estragar temos que nos desenrascar. Se der para arranjar e se acharmos que vale a pena tudo bem. Caso contrário não nos resta outra hipótese senão atirar com o equipamento para o lixo e quando possível comprar um novo.
Inconscientemente passamos a olhar para o equipamento de uma forma diferente, começamos a tratá-lo com mais cuidado e se for algo mesmo importante por vezes damos por nós a rezar que ele não estrague, para que dure o máximo de tempo possível.
Nalgumas relações por vezes acontece o mesmo. A relação vai avançando no tempo, com altos e baixos, momentos bons, momentos maus. Aguentamos tudo. Mas porque no amor nada é garantido, por vezes acontece algo que nos deixa de rastos, sem reacção, sem vontade de continuar.
É como se esse selo de garantia tivesse sido quebrado. Olhamos para a relação e pensamos que falta ali qualquer coisa, algo que se perdeu. Seja porque houve uma discussão, um desentendimento, palavras ofensivas, um abre olhos, existem várias razões para que isso
aconteça.
Sem esse selo de garantia, aos nossos olhos a nossa relação vai estar sempre um pouco debilitada.
Sem esse selo de garantia, a relação já não parece tão forte.
Sem esse selo de garantia, a pessoa que nos acompanha já não tem tanto impacto na nossa vida.
Sem esse selo de garantia tudo muda.
Cabe às pessoas a partir desse momento puxaram ambas para o mesmo sentido, cuidarem ainda mais da relação. E mesmo assim, não podem nunca tomar nada por garantido. Porque o amor é mesmo assim: uma doença, quando nele julgamos ver a nossa cura.

Um comentário:

Anônimo disse...

Recuperar um texto é recuperar um estado de espírito? Frederico