29 de fev. de 2012
28 de fev. de 2012
Verdade
É bem miúda, é bem.
27 de fev. de 2012
Erro
25 de fev. de 2012
Mais cedo ou mais tarde
Passamos parte da vida a sonhar com algo, alguém, locais, empregos, dinheiro mas num instante como se nunca nos tivesse passado nenhuma dessas coisas pela cabeça somos obrigados a abdicar de algumas delas, ou de todas. Poucos são os que conseguem concretizar os seus sonhos.
E enquanto perseguíamos esses sonhos, éramos aqueles que caminhavam nas margens dos rios, aqueles que olhavam para a corrente que seguia sem parar e pensávamos: nunca hei-de ir nesta corrente. Não quero ser arrastado para algo que não é o meu sonho. Não é isto que é o meu sonho, o meu destino o meu objetivo. Achávamos que todos os que seguiam nessa corrente eram os fracos, os que desistiam, os que não tinham força suficiente para se agarrarem aos sonhs.
Mas a vida por vezes tem surpresas, umas boas, outras más...e sem darmos por isso escorregamos da margem para aquela corrente onde estão todos os outros, onde se encontram as pessoas que deixaram de perseguir o sonho. Nessa corrente estão aquelas que se subjugaram a uma força maior, as que deixaram escapar o sonho.
23 de fev. de 2012
Os Homens também choram
Sentia as lágrimas a escorrerem-lhe pela face, cada uma seguia o seu caminho livre, até caírem no chão. Ele estava ali de pé, frente ao vidro baço, apenas via o reflexo de alguém que sofria, de alguém que queria arrancar aquela dor do peito cá para fora e assim poder destrui-la.
Sabia que isso não ia acontecer, então rendeu-se, perdeu o pouco controle que tinha sobre ele e chorou. E enquanto o sabor salgado lhe percorria os lábios ele tentou lembrar-se da última vez que tinha sentido aquele sabor na boca, os olhos a arderem de dor e raiva por não querer verter uma única lágrima, o queixo e lábios trémulos tentando evitar ao máximo soltar sons de angústia.
Havia muito tempo da última vez que se tinha sentido assim, tão desprotegido, tão só, tão desamparado, tão perdido. Não havia mais nada à sua volta, o único som que se fazia sentir era o choramingar triste dele, as lágrimas essas não paravam, uma a seguir à outra. O seu rosto se alguém o visse agora estaria certamente irreconhecível num misto de tristeza e de raiva.
E enquanto chorava, sentia cada vez mais as forças a faltarem-lhe nas pernas, tremiam de forma constante e desordenada, os braços também já não respondiam. E sem mais forças deixou-se cair no chão, instintivamente encolheu-se já no chão, agarrou-se a ele próprio e perdeu a vergonha do choro. E aí, não conteve mais nada do que tinha dentro dele, soltou-se e, chorou sem parar, sem vergonha, sem preconceitos.
Da sua garganta saíam ruídos cortantes de dor e desespero, não conseguia articular uma palavra que fosse, sentia-se um animal abatido a morrer lentamente. E ali ficou a chorar, enquanto os segundos se transformavam em minutos e os minutos em horas...
Verdade
Esqueci-me
É o caso desta música e do grupo obviamente, algo tão bom não devia de ser esquecido nunca, esta é daquelas músicas que devia de estar sempre mas sempre nas minhas playlist´s e não está porquê? é isso...porque me esqueci...
Mas pronto, ao menos nesta situação posso compensar essa falha e recordar uma daquelas que para mim é das melhores bandas que já ouvi
Frases que ficam
"Ninguém consegue evitar apaixonar-se. Podemos ter vontade de o negar, mas a amizade é sem dúvida a forma mais frequente de amor."
22 de fev. de 2012
Reign Of Assassins
he met a beautiful girl
and fell in love with her
buddha asked him "how much do you love her?"
and he answered
"i would turn into a stone bridge
and endure 500 years of wind
500 years of sunlight
and 500 years of rain"
"he only asked that the girl would walk over the bridge"
Pela primeira vez na vanguarda
21 de fev. de 2012
A verdade
Portanto o que nos define, o que nos leva a ser quem somos, como somos, são as nossas acções. São as nossas acções que nos definem aos nossos olhos e aos olhos dos outros.
Assim foi
E quando essas coisas (espuma) desaparecem da nossa vida (não completamente, mas como são ultrapassadas já não têm a mesma importância), é preciso estarmos preparados para o que está para vir, constantemente.
Nesta vida (na minha) se há coisa que não nos é permitido é adormecer à sombra, tirar um momento para relaxar, ou poder apreciar o que há de bom (por mim falo). Sempre que há um desses momentos de descontração acontece sempre algo que faz com que a vida (a minha) fique mais uma vez de pernas para o ar, e aí, volta a começar tudo (de novo ou não), mas é preciso novamente desembainhar a espada, levantar bem alto o escudo e começar a defender o que é necessário defender. Na esperança que se consiga ultrapassar mais uma batalha e, embora por vezes as forças não estejam equilibradas (quase nunca) temos de suar, e não dar espaço ao cansaço, ao medo, não permitir que logo no primeiro embate saíamos derrotados. Temos de arranjar forças onde por vezes (quase nunca) elas existem.
Devido à efemeridade das coisas, por vezes sente-se um vazio, porque o que tínhamos de bom para guardar já não existe, em vez de isso só temos as recordações, as memórias, as palavras que continuam a ecoar dentro de nós, os cheiros, o toque. Mas render-nos às memórias é como ficar preso no passado, é como cair num banco de areia movediça do qual não conseguimos sair e quanto mais nos queremos libertar mais presos vamos ficando...portanto até as recordações são de certa forma a nossa prisão.
Não pode ser, temos de avançar, temos de ser fortes, de querer ficar melhor. Olhamos em frente e ali está ele o campo de batalha, com minas, inimigos aos milhares todos eles à espera de nos trespassarem as com as suas armas bem afiadas, não temos nenhum sítio para nos escondermos. Só temos a nossa pele, a fiel espada e o escudo. Será suficiente? Não sabemos.
Mas depois disto tudo e vamos supor que se vence essa batalha, ficamos com a sensação de vitória até quando pergunto eu? Sabendo que essa sensação mais cedo ou mais tarde, vai dar lugar a uma angústia que nos persegue porque simplesmente não há um fim, um propósito, um objectivo. E volta tudo ao mesmo, recordações da última batalha, novas feridas, feridas antigas que ainda não sararam e as cicatrizes que nos vão acompanhar para todo o sempre de feridas que fecharam que nos fazem lembrar sempre do que aconteceu.
Até ao dia...até ao dia em que não aguentamos mais, em que dizemos que isto não é a nossa vontade, que não é assim que estamos dispostos a viver. Se nem das memórias nos podemos socorrer porque nos prendem, se estamos sozinhos numa luta inglória, se acima de tudo a nossa coragem se desvaneceu e se o medo tomou conta de nós, aí deixamos cair as nossas proteções.
Ficamos de joelhos, desarmados, em pleno campo de guerra e desejamos que o inimigo nos trespasse o mais rápido possível, para que tudo aquilo que sentimos seja agora substituido pela sensação de uma lâminada aguçada e comprida a trespassar-nos e aí num último sopro de vida dizem que revemos tudo o que nos aconteceu, que em segundos revemos toda a nossa vida a passar pelos nossos olhos, as pessoas, os momentos, os encontros, os cheiros...depois fechamos os olhos para uma escuridão. Nesse último suspiro pode-se então perguntar: Valeu a pena?
20 de fev. de 2012
19 de fev. de 2012
A tristeza
Vem assim do nada. Como um se fosse um trovão num dia de sol. Um risco a mais num quadro perfeito. Ela aparece sem avisar e só sai de dentro de nós quando quer. Parece que tem uma vontade própria, com a qual não conseguimos combater. Ela retira-nos o sorriso, a alegria e faz questão que dentro de nós só exista tristeza, mágoa.
Nós
Somos aquilo que a vida nos deixar ser. Podemos lutar, combater, sonhar, resistir, querer, por aí fora. Podemos fazer mil e uma coisas, mas no final somos reduzidos à nossa insignificância.
16 de fev. de 2012
O pior
Por segundos olhamos ao nosso redor à procura de algo que inconscientemente sabemos qua nossa esperança obriga-nos a procurar essa salvação, esse apoio, esse abrigo...mas ele não está lá.
E depois apercebemo-nos que não há a mínima hipótese, que vamos mesmo cair...durante essa queda resta então o pensamento "espero que não doa muito, espero que me consiga levantar, espero que..." e caímos.
E dói. Dói muito, dói mais do que aquilo que pensávamos que ía doer. Sentimos o impavessa-nos de uma forma dilacerante, bruta e selvagem. Espalha-se por nós e parece que não vai embora, sentimos o nosso corpo a sofrer.
Apetece gritar, mas não vale a pena, só sai um grito mudo que não é ouvido por mais ninguém, perdemos os sentidos e ficamos ali com a nossa dor e esperamos que ela passe.
15 de fev. de 2012
Dizem
"If there's a bustle in your hedgerow, don't be alarmed now,
It's just a spring clean for the May queen.
Yes, there are two paths you can go by, but in the long run
There's still time to change the road you're on.
And it makes me wonder."
13 de fev. de 2012
12 de fev. de 2012
A vida
Dizem que vai valer a pena, que isto é apenas uma onda em que nós só temos de mergulhar para depois levantar a cabeça, voltar a respirar e pisar terra firme. Dizem que a vida é assim feita destas coisas, de várias ondas e a cada uma temos sempre que mergulhar para depois voltarmos ao cimo e continuarmos a avançar na vida. Dizem também que o importante é que haja saúde, que só assim é que se consegue fazer alguma coisa da vida, porque sem saúde nada feito.
Sei lá, eles dizem tantas coisas...mas tudo me passa, entra a 100 sai a 200, não quero saber, não os quero ouvir.
Não os oiço, a eles que falam.
Continuo com os meus pensamentos, só eu e eles, enquanto os outros falam. Os outros, que nunca erraram, que foram sempre os melhores, os que não vacilam, os que são os fortes, os que sabem tudo, esses é que são os bons. A esses é que a vida sorri constantemente, para esses não há ondas, não há barreiras, não há desilusão, para esses que falam é tudo fácil. Falam porque são os donos da verdade e só eles é que sabem o que é o correto.
Respirar fundo, não esquecer, bem fundo, encher o peito de ar, mergulha, volta ao cimo, se vier outra mergulha novamente e vem. Vem sempre outra onda, outra barreira, outro desafio e nunca para. Os outros vejo-os a sorrirem, a gozarem aquilo que lhes vem parar ao colo sem o mínimo esforço, sem nunca darem valor ao que de bom têm na vida. E depois penso, como seria bom ser os outros, apesar de não os querer ouvir, não querer as opiniões, mas deve ser bom ser assim.
Até quando? Há um fim? Um objetivo? Não o encontro.
Os outros, quem me dera ser os outros...
10 de fev. de 2012
9 de fev. de 2012
8 de fev. de 2012
Não me lembro
V
"Man is least himself when he talks in his own person. Give him a mask, and he will tell the truth."
7 de fev. de 2012
Quando estás em baixo há sempre alguém pronto para te pisar
6 de fev. de 2012
5 de fev. de 2012
3 de fev. de 2012
1 de fev. de 2012
A diferença
É que agora tudo o que podia sair já não pode, as palavras, os gestos, as vontades, os carinhos, os sentimentos, as dores, os receios.
Já não se pode deixar cair a máscara, antes pelo contrário, tem de ser criada uma nova para que haja algo que possa ser salvo.
A diferença agora é que parece que se caminha à beira do precipício e qualquer palavra, acto, gesto, atitude pode ser mal interpretado.
Resta então que tudo o que se sente seja calcado bem para o fundo do coração, para que as possibilidades desses sentimentos virem à tona sejam cada vez mais reduzidas.
Agora é deixar de regar os sentimentos que cresceram de uma forma imparável, começar a secá-los pouco a pouco, deixar de os alimentar até que fiquem reduzidos a pó. E rezar para que todo esse processo se desenrole de uma forma rápida e mais indolor possível.
A diferença é que agora se deseja que esses sentimentos vão cada vez mais para o fundo do nosso ser, que fiquem por lá até cairem no esquecimento, aguardemos então, sejamos fortes, sejamos capazes de fazer tudo isso.
Venha a nós essa força que nos permita voltar a sorrir, a querer voltar a dizer presente à vida, porque há coisas na vida que não controlamos e esta é uma delas.
Porque se para quase tudo há um fim, tem existir algures um começo, que nos permita voltar a sentir.